

Monumentos
Therezinha Leony Wolff (1)
“O povo que não olha para o passado à procura de seus ancestrais jamais olhará para o futuro e para a posteridade.” (Churchil) Relembrar os feitos de pioneiros desbravadores desta nossa terra tem sido um dos objetivos da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi). Procurando reavivar a memória coletiva, a Alvi o faz, não somente por meio das palavras, mas, também, incentivando a construção de Monumentos e Marcos Históricos. Contando com a colaboração das prefeituras de União da Vitória e Porto União, permite-se escrever a história por meio daqueles que a engrandecem e enriquecem, por seus feitos e fatos, não podendo ser esquecidos pela posteridade, já que a história é a memória coletiva.
Monumento ao tropeiro
Em 2003, foi construído o Monumento ao Tropeiro Pedro Siqueira Cortes, que, em 1842, descobriu a passagem pelo vau do Iguaçu propiciando às tropas que faziam o trajeto de Palmas a Palmeira, encurtarem o trajeto, permitindo-lhes integrarem-se ao Caminho das Missões. Caminho secundário das tropas, que, após pesquisas, facilitou identificar a origem de Porto União e União da Vitória como cidades tropeiristas, até então não incluídas como tal nos currículos escolares.
A inauguração do Monumento deu-se em 21 de setembro de 2003, na margem esquerda do Iguaçu, lado de União da Vitória, em terreno fronteiriço à residência do casal Metha Luize e Ferdinando Möecke. Concreto de forma curva representando o Rio Iguaçu em tamanho 4mX1m, contém uma placa em metal com homenagem ao tropeiro Pedro Siqueira Cortes, descobridor do Vau em 1842 que ajudou no caminho das tropas que por essa região passaram. Local que pode ser reconhecido como o berço das cidades de União da Vitória-PR e Porto União-SC, ainda sem o acordo de limites entre os estados.
Acervo: Academia de Letras do Vale do Iguaçu
Créditos: Juliano Dilkin
Data: Novembro/2017
Marco a Sinhana Bita
Em Porto União, nos jardins da Paróquia São Pedro e São Paulo, um Marco foi erigido e inaugurado no dia em 05 de agosto de 2007 para homenagear a mulher, cujo trabalho realizado foi de grande importância na formação social e religiosa do bairro, hoje denominado São Pedro. O Marco constitui-se numa forma retangular na posição horizontal construído em cimento de tamanho 1,20cmX80cm de largura, contendo nele uma placa em metal com uma homenagem à Ana Pereira da Maia Bita, “Sinhana Bita”, dando à ela o reconhecimento por seu trabalho junto à comunidade do bairro, com a construção do santuário para o Senhor Bom Jesus de Iguape. Também na placa há presente os idealizadores do monumento para essa homenagem.
Seu nome, Ana Pereira da Maia Bita, celebrizada como Sinhana Bita. Devota de São Bom Jesus de Iguape, estabeleceu-se na região, em 1882, tomando para si a responsabilidade de erguer a primeira capelinha em louvor ao santo. Teve início, ali, um arrabalde, mais tarde bairro dos Tocos. Realizando festas com foguetórios atraiu a população da vizinhança e os tropeiros, a um ponto de parada. O arrabalde tomou tal proporção que, em 1889, na capelinha rústica foi recepcionado D. José de Camargo Barros, primeiro Bispo do Paraná, quando regressava de Palmas e Guarapuava. A própria Sinhana Bita foi quem regularizou junto à municipalidade as terras onde fora edificada a capelinha e seus arredores. Hoje, a Paróquia atende à população do bairro, que tem vida própria e, que desde 1935, realiza a festa da fogueira de São Pedro, já incluída no calendário de eventos turísticos.
Acervo: Academia de Letras do Vale do Iguaçu
Créditos: Juliano Dilkin
Data: Novembro/2017
Marco em homenagem a Ricardo João Kirk
Por iniciativa da ALVI, a Prefeitura municipal de Porto União fez construir no dia de 14 de setembro de 2007, um Marco em homenagem a Ricardo Kirk, Patrono da Aviação do Exército Brasileiro. O Marco constitui-se em uma forma retangular em concreto nas medidas 1,20cmX80cm contendo uma placa que indica esse local onde esteve sepultado o Capitão Ricardo Kirk até 1943, sendo transladado logo após para um mausoléu de aviadores no Rio de Janeiro. O Capitão Ricardo Kirk esteve presente durante a guerra do Contestado, período esse em que ele sofre o primeiro acidente aéreo do exército na América do Sul, mais especificamente na região de General Carneiro. A placa também apresenta os seus idealizadores nessa importante homenagem ao Capitão Ricardo Kirk.
O aviador veio para União da Vitória, com a missão de localizar os redutos dos sertanejos, por ocasião da disputa entre Paraná e Santa Catarina, na região do Contestado. Na localidade de Jangada, colônia, hoje, município de General Carneiro, em primeiro de março de 1915, o avião pilotado por Kirk bateu uma das asas num pinheiro, e seu corpo arremessado para fora do aparelho. Foi o primeiro acidente aéreo da América do Sul.
Trazido para Porto União, foi sepultado nos jardins do Cemitério Municipal, onde permaneceu até 1943. Seus restos mortais foram, então, transladados, pelo Exército, para o Rio de Janeiro, onde repousam no Mausoléu do Aviador.
O Marco construído em sua memória encontra-se em Porto União, no mesmo local onde fora sepultado, em 03 de março de 1915.
Acervo: Academia de Letras do Vale do Iguaçu
Créditos: Juliano Dilkin
Data: Novembro/2017
Monumento a Prudente de Brito
Com apoio da Prefeitura de Porto União em 03 de setembro de 2010, foi erguido um monumento em homenagem àquele que, segundo a historiografia local, é reconhecido como primeiro morador de Porto União e União da Vitória. Prudente de Brito, conhecido por “Prudentão,” construíra uma capela no alto da colina, e local onde hoje está a Paróquia Nossa Senhora das Vitórias. Urbanizado, o espaço foi chamado Largo Prudente de Brito. Após a delimitação dos estados do Paraná e de Santa Catarina, o Largo recebeu ruas, escolas e uma praça em frente à Paróquia.
Nessa Praça chamada Nereu Ramos está, hoje, o Monumento idealizado pelo Confrade Ivahy Detlew Will, representado por uma canoa, único meio de transporte da época em que viveu “Prudentão”, conduzida por um remador.
Esse monumento faz uma reconhecimento a esse primeiro morador de Porto União/SC em 1860. Tem sua forma um desenho representando canoeiro sobre o rio Iguaçu em medidas de 1,50cmX1,70cm, contendo uma placa em metal faz menção honrosa a esse ilustre morador, também ao lado da placa há um letreiro de forma cursiva em metal dourado, descreve a seguinte mensagem: “Naqueles tempos eram as canoas e os aguapes que desciam o Iguassú”.
Acervo: Academia de Letras do Vale do Iguaçu
Créditos: Juliano Dilkin
Data: Novembro/2017
Monumento Cidade Amiga
Monumento de concreto Inaugurado em maio de 2006, com forma retangular na horizontal nas medidas 2mX1m onde apresenta através de uma placa em metal uma singela homenagem com o nome de “Praça Cidade Amiga” ao poeta Yvonnich Furlani, patrono da cadeira nº 20 da Academia de Letras do Vale do Iguaçu. Contém na mesma placa a letra do Hino de Porto União e os seus idealizadores.
Acervo: Academia de Letras do Vale do Iguaçu
Créditos: Juliano Dilkin
Data: Novembro/2017
Muitos são, ainda, os Monumentos e Marcos a construir, para aguçar a curiosidade da população e possibilitar às novas gerações preservarem nossa própria história. Como bem citou Eros José Sanchez, na apresentação do livro Marechal Juarez Távora, “com o passar dos anos e os interesses particulares vão lançando pó à recordação de uns e exaltando outros, sem que possa ser apreciada alguma justiça no peso das recordações”.
(1) Acadêmica fundadora da Alvi, ocupando a Cadeira n.º 20, tendo como patrono Yvonich Furlani.












